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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Análise Musical do álbum "The Revolution of Music Eletronic - Deluxe Edition"



Ontem, o site oficial da Music Box Attic publicou uma resenha onde é mostrada uma análise sobre o último disco lançado por Di Hire, "The Revolution of Music Eletronic - Deluxe Edition". Na matéria, o site fez uma análise completa de todas as faixas contidas no disco, elogiando a produção bem-elaborada e classificando este trabalho fonográfico, com 7/10 estrelas totais e dando o título de "um dos discos de eletrônica mais ousados". Confira agora a análise completa de todas as faixas do disco:

01 - "Music": Essa música abre o disco oficialmente, sendo portanto, a faixa mais comercial desta produção discográfica. A escolha de ter lançado esta canção como single mundial não foi em vão. A estrutura de "Music" baseia-se no estilo oficial da house music em mistura com o synthpop. Foram adicionados elementos de vocais masculinos em estilo autotune. "Music" é uma excelente faixa, que pode variar desde sua marca sonora até remixes bem produzidos, como se pôde ver no EP "Music - The Official Remixes", que foi lançado em agosto de 2011.

02 - "Feltro": Esta canção foi lançada em 2010, com o intuito de causar polêmica por meio do seu extravagante videoclipe, também lançado em 2010. Possui um estilo de Eletrodance e é composta de efeitos sintéticos por meio de caixa de ritmos e sintetizadores. A batida forte e a voz frenética que canta na velocidade da música, fazem desta canção uma das mais bem criadas para este disco. Divertida e um pouco estranha, a canção obteve alto sucesso como single porém não mostra uma tamanha qualidade musical presente na faixa anterior "Music".

03 - "Y.E": Esta é de longe, uma das melhores músicas já feitas por Di Hire. Sido lançada no final de 2010, logo após a polêmica de "Feltro", "Y.E" surpreendeu tanto aos seus fãs como também a mídia em geral. A canção traz um ritmo do Dubstep, tendo alta frequência do Eletro em algumas partes. A grande influência de "Y.E" baseia-se na sonoridade magnética, que soa na música como empolgante e instigante. Porém, não se pode dar tantos méritos à esta música, já que a mesma já havia sido incluída na edição original deste álbum.

04 - "All": Com uma batida leve e suave, "All" foi a música que lançou Di Hire no mercado. Apesar de "Feltro" ter sido o primeiro single de "The Revolution of Music Eletronic", "All" foi liberada no início de 2010 como uma música promocional para os fãs, sem intuito de divulgação. A qualidade da música é bastante perceptível e digna de bastante elogios, justamente porque se diferencia bastante das outras faixas do disco, que trazem uma sonoridade mais potente e agressiva. O destaque de "All" encontra-se na composição sonora de entrada, onde pode-se notar a aplicação de samplers melódicos e com sons captados de ambientes naturais.

05 - "Gold": Esta música é a mais simples do álbum. Isso nota-se por meio da sequência de batidas por minuto, que no caso, se estendem com mais rapidez afim de dar uma propulsão nos samplers e nos tons da canção. Utilizando-se de efeito down, "Gold" apresenta-se como a faixa  menos criativa do álbum, onde aplicou-se apenas as batidas, tendo ausência de uma melodia dançante no fundo da música.

06 - "Look": Esta música é uma das mais dançantes do disco, possuindo a inserção de vocais femininos em mistura com uma melodia dançante e robótica. A estrutura da música é semelhante ao estilo do Eletropop, mas em contrapartida nota-se partes com estilos do Trance. "Look" teve uma ótima aceitação do público, sendo que foi lançada como single promocional do álbum no início de 2011.

07 - "Vision": A parceria de Di Hire com os Dj´s Andressa SS e Marcs resultou numa faixa brilhante, onde nota-se a mistura de elementos do Trance com os da Eurodance, estilo que Di Hire nunca havia sequer trabalhado antes. "Vision" torna-se, então, uma grande exclusividade do disco. A estrutura com batidas bem rápidas e seguidas, é a melhor faixa do disco de cara. A voz mixada com efeitos sonoros reflexivos, que usam e abusam do crossfader, faz de "Vision" uma música incrível.

08 - "The Time": Esta música é a que apresenta um arranjo mais caracterizado pelo Trance, articulando com mais especificação nos elementos do Synthpop. A mescla da voz com as melodias bem produzidas é o grande brilho da faixa. Entre o meio e o fim da música, é usado efeitos de crossfader em alta rapidez, fato que sobressaiu apesar de isto pode prejudicar a qualidade da música.

09 - "R.E.R": Bastante criativa e divertida, "R.E.R" possui elementos da house music com o dubstep. São usados bastantes efeitos de fader e crossfader com rapidez e agilidade, para que as batidas seguidas se encaixem perfeitamente na melodia e sonoridade da faixa. É uma das faixas mais criativas do disco, sendo dançante e ousada apesar do pouco tempo de duração.

10 - "Feel Me": Segundo o próprio Di Hire, através do que ele escreveu na dedicatória do álbum, "Feel Me" foi produzida por ele em dedicatória a todos os seus fãs e seguidores mundiais. Apesar de todo o arranjo e melodia da canção estarem em bastante sintonia e faixa possuir um incrível som da Eurodance, "Feel Me" vem a ser taxada de "decepcionante". Em muitas partes da música, o vocal de Di Hire se perde em meio aos efeitos de repeat/ down e a qualidade da música cai total. É a pior faixa do disco.

11 - "My Tacos": Seguindo o mesmo estilo de "Feel Me", esta canção se diferencia simplesmente pelo fato de que nela, Di Hire conseguiu ajustar perfeitamente a velocidade de sua voz com as melodias e sons que soam através da batida da faixa. Com uma letra engraçada e autêntica, "My Tacos" caracteriza-se por ser muito comercial e de ter chances de se tornar um single de sucesso. As batidas, que soam o estilo Magnético em mistura com um Eletro pesado, ficam incríveis ao lado do vocal baixo e em tom fixo de Di Hire.

12 - "In The Dark": Esta canção também segue a linha de "Feel Me", havendo presença dos vocais de Di Hire em conjunto com a batida ensurdecedora da faixa. "In The Dark" vem com uma letra obscura e gótica, possuindo fortes inspirações poéticas do estilo lírico. Os samplers soam mais "ocultos" e menos avaliados, porém isso não rebaixa a qualidade da música. Pelo contrário, "In The Dark" é o grande diferencial do álbum, porque mistura a inovação dos vocais robóticos de Di Hire com os samplers do estilo Eletromagnético.

13 - "Burn My Eyes": Esta faixa é bastante estranha, porém altamente dançante e agradável. Acompanhando o estilo do Psy Trance, "Burn My Eyes" fixa-se nos efeitos de repetição contínua, que em algumas músicas tornam-se chatas e enjoativas, porém nesta música aplica-se perfeitamente. Os vocais caídos e repetitivos se aliam á batida rápida e composta de sequências mais longas e outras mais lentas. É uma faixa boa, mas não tão surpreendente para um gênero como o Psy Trance.

14 - "Aspire": Essa faixa é a única do álbum que trabalha com gêneros alternativos como o Free Step. Sendo este gênero mais fácil de se produzir uma música, "Aspire" possui uma estrutura mais complexa, repleta de efeitos de queda e subida e com crossfaders em alta repetição. Levando uma sequência de batidas empolgantes e alegres, esta faixa articula com diversos elementos do Dubstep, principalmente nos samplers finais da música. Fora isto, "Aspire" é uma faixa incrível e bem produzida.

15 - "F5": Esta canção encerra o álbum com chave de ouro total. "F5" é uma canção do estilo Eletro, possuindo efeitos e combinações que tornam a música única e bastante agradável. Apesar da força grave e potente das batidas da canção, "F5" é uma ótima opção para as raves mundiais. Escutar "F5" sem dançar é um ato impossível, pois ela apresenta um sampler bastante agressivo e veloz. Uma ótima faixa para fechar este disco de Di Hire, caracterizado pela criação de músicas eletrônicas mais fortes e pesadas.

Créditos:: Nara Costa

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